Crachá - A evolução nas formas de identificação

Item indispensável para inúmeras instituições nos dias de hoje, o crachá conquistou seu espaço desempenhando funções essenciais para as empresas, sendo uma ferramenta que de forma simples e prática identifica pessoas, contribui para a segurança dos ambientes, ajuda no controle de acesso, e em alguns casos no controle de carga horária. 

Ao entrar numa empresa, é comum encontrarmos funcionários com seus crachás no pescoço, algo que aumenta a credibilidade do negócio. Além disso, o crachá é uma ótima forma de integração entre os próprios funcionários. 

Porém, o surgimento do crachá como conhecemos é estimado em meados de 1760, no começo da Revolução Industrial, onde houve uma explosão no número de indústrias e uma grande evolução na tecnologia, que ajudou a consolidar o capitalismo e as relações de trabalho. 

Isso levanta um questionamento curioso: como era feita a identificação de pessoas no período “pré-crachá”? 

Estudos dizem que a identificação de pessoas já ocorria no século XIV, por toda a Europa, principalmente na Inglaterra, onde moradores de rua recebiam distintivos para que pudessem ter a permissão de pedir comida e dinheiro legalmente nas ruas. Por volta do século XVII, os que não utilizavam, eram submetidos a três semanas de trabalho forçado. Esse sistema só foi revogado na Inglaterra no ano de 1810. 

Nessa década, inclusive, Napoleão Bonaparte implantou na França um sistema interno de identificação para os trabalhadores, atitude que influenciou também o então Império Otomano, que buscou adotar o sistema com a população geral. Curiosamente, a palavra crachá vem do francês crachat, que significa cusparada. Numa extensão de sentido, tomou significado de condecoração, e com o passar dos anos se transformou no conceito que conhecemos hoje. 

No entanto, a popularização dos métodos de identificação como conhecemos hoje ocorreu com a Segunda Guerra Mundial, onde países do mundo todo viram a necessidade de controlar o acesso de quem trabalhava nas áreas militares ou relacionadas, já que existia o risco de infiltrados inimigos sabotarem alguma estratégia de guerra. A partir daí, o uso expandiu para outras áreas e o crachá se tornou um dos meios de identificação mais usados no mundo. 

Com o passar dos anos, os crachás foram evoluindo. Se antes eram feitos apenas com papel, hoje são confeccionados com cartões de PVC. A chegada da tecnologia também trouxe upgrades para os crachás, trazendo cartões com código de barras, tarja magnética, QR-Code e aproximação, que são vantagens que facilitam a vida de muitas empresas e instituições. Outro aspecto de melhora graças à tecnologia se observa no design dos crachás, que agora são altamente personalizáveis e produzidos online. 

Numa área que demanda tanta atenção desde antigamente, a dos métodos de identificação, o crachá veio como uma ferramenta importantíssima, e com suas evoluções tecnológicas pode trazer as inúmeras vantagens citadas para o seu negócio.  

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Fontes: 

Universidade de Warwick 

https://warwick.ac.uk/newsandevents/pressreleases/ne1000000086410/ 

Universidade de Harvard 

https://fxb.harvard.edu/2015/11/12/a-brief-history-of-national-id-cards/#:~:text=Starting%20in%201839%2C%20Sultan%20Mahmud,adopted%20to%20consolidate%20state%20institutions. 

Etimologista Iba Mendes 

http://www.etimologista.com/2012/12/a-origem-do-cracha.html